O desafio começa com a gestão pública, que vai precisar se adaptar à digitalização
Qual é a primeira coisa que vem à sua mente ao falarmos em futuro da mobilidade? É impossível sabermos exatamente o que vai acontecer daqui a alguns anos – pegue como exemplo a pandemia do novo coronavírus – mas já é possível prever algumas tendências do setor e como elas devem afetar nossas vidas em um futuro próximo, que com certeza será totalmente pautado em tecnologia.
Em primeiro lugar, o desafio começa com a gestão pública, que vai precisar se adaptar à digitalização. O movimento já acontece nas principais capitais, uma vez que muitas Govtechs já começam a entrar em ação para trazer novos processos tecnológicos para a população. Isso acontece em diversos segmentos, como transporte público, trânsito e até estacionamentos rotativos nas ruas. O caminho a ser percorrido é longo, mas começamos a engatinhar rumo aos primeiros passos para chegarmos até as Smart Cities, ou Cidades Inteligentes.
Futuro da mobilidade
Um exemplo disso, foi um estudo feito pela Boston Consulting Group, que revelou que mais de 55% dos brasileiros das classes A, B e C já utilizam o transporte por aplicativo pelo menos uma vez por semana. Com mais gente tendo acesso a smartphones e redes móveis, era uma questão de tempo para que as pessoas passassem a usar a tecnologia a seu favor, também nessa área.
E é aqui que se encaixa o 5G, que além de trazer grandes mudanças no acesso à internet no país, também tende a ter grande impacto no que tange a mobilidade urbana no Brasil. É graças a essa tecnologia que o transporte público poderá ganhar uma nova perspectiva. Além disso, outros níveis de locomoção, como veículos elétricos, e até os autônomos, que ainda parecem distantes, começam a ser realidades mais próximas.
Atualmente, o Brasil está em busca dessas soluções. Não à toa as govtechs estão diante de um cenário fértil no país, não apenas para o surgimento de novas empresas, mas também para o fortalecimento das marcas já presentes no mercado. O fato de prover soluções tecnológicas que chegam para melhorar o sistema público é positivo, uma vez que tem impacto direto na população.
Também não podemos ignorar o fato de que a pandemia do coronavírus afetou os padrões de deslocamento da população. Em 2020, o fluxo de passageiros no transporte coletivo chegou a cair entre 60% e 80%. E é nesse cenário que vimos mobilidades mais sustentáveis e individuais ganhando força, como a bicicleta. Um levantamento da Aliança Bike apontou que entre junho e julho do ano passado, houve um aumento de 118% nas compras de bicicletas, em comparação com o ano anterior.
Uma coisa é fato, a necessidade do passageiro mudou e sua maneira de interagir com o transporte também. As pessoas querem agilidade, praticidade e segurança na locomoção, e hoje, mais do que nunca, as plataformas digitais trabalham para isso. Esse é o momento para ampliar a implantação das soluções tecnológicas e potencializar as oportunidades para uma mobilidade urbana cada vez mais integrada e eficiente.
Por André Brunetta, CEO do Zul+, principal AutoTech da América Latina
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