Historicamente, o planejamento urbano de uma cidade se dá a partir de uma ótica de neutralidade, ou seja, não se diferenciam os cidadãos por gênero, etnia e condição social, sendo apenas levada em conta as necessidades urbanas de uma cidade. A responsabilidade de governar significa conceber os problemas que afligem a sociedade, considerando as diversas maneiras de se administrar e solucionar essas questões.
Enquanto o Estado se sustenta em autoridades formais e implementação de políticas já constituídas, a governança atua dentro do que se refere aos objetivos comuns, não dependendo de responsabilidades legais e/ou formais para se reivindicar, podendo partir tanto de lideranças populares, quanto do poder que as grandes empresas e a grande mídia exerce na governabilidade de um país.
Para o exercício da democracia é essencial o diálogo entre os governantes e a sociedade civil. Sem o equilíbrio entre as duas esferas não existe legitimação nas ações estatais, ou pelo menos não deveria existir. Nesse sentido, nunca foi tão essencial criar mecanismos para aproximar a população de seus governantes e restabelecer a ideia de que ser cidadão é ser parte essencial para o funcionamento e manutenção das cidades.
O acesso a cidade é o acesso ao trabalho, lazer, saúde, educação e outros diversos direitos do cidadão. O acesso que não é feito de maneira justa, entendendo as limitações que diferentes indivíduos têm, contribui para as desigualdades sociais, raciais e de gênero. Cada vez mais, contudo, estudiosos e entidades públicas têm percebido que, para se entender a cidade, é preciso ir além do planejamento urbano: é preciso entender que as pessoas ocupam o espaço urbano de formas diferentes a partir de seus gêneros, classes sociais, sexualidade e raça.
O Connected Smart Cities & Mobility Digital Xperience realizou um painel para abordar o tema, a partir da perspectiva da criação de uma nova dinâmica social para o desenvolvimento de uma cultura com inclusão social. Para conferir o painel na íntegra, clique aqui.