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PLATAFORMA CALCULA DADOS DE EMISSÃO DE GASES NO TRANSPORTE PÚBLICO

Roberto Speicys explica que a plataforma Trancity consegue mensurar os dados envolvendo as emissões de gases, além de calcular valores de circulação e velocidade média

Mundialmente, a pauta pelo combate à poluição fica cada vez mais necessária e mesmo em meio a uma pandemia essa pauta não pode ser deixada de lado. Até porque, a própria pandemia teve efeito, inclusive visual, nos dados referentes às emissões de efeito estufa. São Paulo, entre outras cidades pelo planeta, definiu metas para a diminuição das emissões (zerar as emissões em até 20 anos) e, com esse esforço, tenta diminuir os impactos causados pela crise climática.

Nesse contexto, sabe-se que a área de transporte causa de 15% a 20% de emissões de gases e governos precisam pensar em soluções para bater metas e melhorar o contexto geral do tema. Mas como mensurar algo abstrato como emissões de um ônibus, por exemplo? A plataforma Trancity, criada pela startup Scipopulis, parece ter a solução para esse problema. “Nosso trabalho é uma plataforma de análise de dados de transporte que calcula em tempo real as emissões que os ônibus estão gerando na cidade de São Paulo, para justamente verificar se essas metas de redução estão sendo cumpridas ao longo do tempo”, comenta Roberto Speicys, fundador da startup Scipopulis e colaborador em pesquisa do INCT da Internet do Futuro para Cidades Inteligentes, localizada no Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo.

A plataforma foi capaz de analisar reduções nas emissões durante a pandemia, até pela diminuição da rotatividade de ônibus pelas ruas da cidade. Speicys comenta que se você diminui serviços, automaticamente você reduz as emissões, mas o alcance da Trancity vai além, pois ela também calcula valores referentes à circulação da frota, velocidade média (se um ônibus anda mais rápido, ele emite menos gases) e quilômetros percorridos pelos ônibus. “Tem que se perseguir essa queda de emissões, mas mantendo um nível de qualidade do transporte, mantendo sua universalidade a todos os cidadãos“, explica o colaborador em pesquisa.

Fonte: Jornal da USP

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