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CAPACITAÇÃO E PARTICIPAÇÃO CIDADÃ

Tecnologia como plataforma de aproximação no contexto das cidades inteligentes e engajamento em prol do desenvolvimento sustentável

A governança proativa para a criação de cidades participativas tem como principal objetivo a criação de cidades que buscam cada vez mais promover o acesso aos bens e serviços públicos de maneira democrática, sempre buscando combater as desigualdades sociais e produzindo maior qualidade de vida para todos. Nesse sentido, as cidades passam a ter uma função social que está ligada a princípios básicos, previstos no Art. 182 da Constituição Federal, nos quais a cidade é descrita como um bem comum que pertence ao conjunto de sua população; é produto do esforço de todos e não só de alguns grupos; deve oferecer qualidade de vida de forma equilibrada a todas e todos; e deve oferecer oportunidade aos mais pobres, em variadas dimensões: cultura, lazer, saúde, educação, transporte, moradia, infraestrutura, entre outros. 

O Connected Smart Cities & Mobility Digital Xperience vai contar com um painel que tem como propósito discutir capacitação e participação cidadã dentro do contexto de cidades participativas e engajadas. O painel contará com a participação de Diego de Melo Conti, professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, da Raquel Cardamone, especialista em Cidades Inteligentes da Unicamp e Fundadora da Bright Cities, e do Jean Mattos Duarte, Secretário Adjunto de Planejamento, Orçamento e Gestão e Subsecretário de Modernização da Gestão – Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. 

De acordo com Diego Conti, a participação da sociedade é um elemento fundamental para a estruturação de cidades inteligentes: “As cidades representam a principal força de desenvolvimento do século XXI. A urbanização trouxe consigo uma série de ameaças e de oportunidades para as cidades, sendo que políticas públicas de sustentabilidade são cada vez mais necessárias para estimular a qualidade de vida dos cidadãos nos centros urbanos”. Nesse sentido, é preciso que os centros urbanos aprimorem os seus sistemas de governanças, com a finalidade de facilitar a participação e colaboração de diferentes atores da sociedade na produção de soluções inovadoras de longo prazo. 

Para isso, é necessário que as cidades implementem mais ferramentas digitais para aproximar os cidadãos das políticas públicas. A Prefeitura de Belo Horizonte já está implementando essas ferramentas, com objetivo de promover uma transformação digital, que tem como alicerce a análise de dados e a realização de jornadas de experiência do usuário. Segundo Jean Mattos Duarte, “a construção de banco de dados unificado de relacionamento com o cidadão, possibilita à prefeitura conhecer a demanda por serviços na cidade e, a partir dessas informações propor desenhos mais adaptados à realidade da sua população. Dessa forma, nos aproximamos do cidadão, garantindo a ampliação do seu bem estar e satisfação”. 

Por fim, falar sobre smart cities não é apenas falar sobre o uso de tecnologia de ponta- conforme apontado por Raquel cardamone “O conceito de smart cities está ligado à um desenvolvimento sustentável para o planeta e para as pessoas, e nada é mais importante para isso que o engajamento”.  Ou seja, é responsabilidade de cada cidadão entender a cidade como seu próprio projeto de futuro, buscando soluções para as dinâmicas sociais, econômicas e políticas em conjunto com seus gestores públicos. 

Smart Cities são aquelas que utilizam de ferramentas tecnológicas para se tornarem mais acessíveis com seus idosos, deficientes, mulheres, crianças, trabalhadores e trabalhadoras, negros e indígenas e etc. É preciso gostar e cuidar das cidades, entendendo que os cidadãos devem se tornar agentes a fim de impactar cada vez mais as decisões sobre o futuro desses espaços. 

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