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BLOCKCHAIN É ESSENCIAL PARA CIDADES MAIS TRANSPARENTES

Como a implementação dessa nova tecnologia possibilitou a aproximação de governantes e cidadãos de maneira mais eficiente e transparente

Em um mundo em que cada vez mais dispositivos são essenciais no cotidiano das pessoas, existe a tendência de migração para o mundo online, sendo que as transações econômicas passam progressivamente a tomar espaço nesse meio. Com isso, surge a necessidade de criar plataformas de maior transparência e conectividade, permitindo a interconexão de serviços de maneira acessível e segura.

A ideia de um sistema monetário descentralizado que possibilita transferir dinheiro de maneira eletrônica, surgiu no dia 31 de outubro de 2008 a partir do artigo “Bitcoin: a Peer-to-Peer Cash System” de Satoshi Nakamoto. A partir deste estudo, em 3 de janeiro de 2009, nasceu o primeiro bloco de Bitcoins e, com isso, o termo blockchain foi criado para descrever a tecnologia paralela que permite transações econômicas com criptoativos aconteçam.    

Blockchain é então, basicamente, uma combinação de tecnologias que permite o suporte à transação de criptomoedas, sendo que as propriedades deste sistema permitem mais segurança e inviolabilidade dos dados- sendo que com a evolução dessa tecnologia, cada vez mais transações mais complexas podem acontecer. Com a criação de Blockchain, surgiu a possibilidade de realizar não apenas transações monetárias, mas também transações de valor, como por exemplo o comércio de energia renovável. 

Com alta capacidade de transparência e segurança, blockchain virou o foco do desenvolvimento de smart cities: iniciativas como Blockchain4Cities, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem como objetivo estudar e viabilizar aplicações dessa tecnologia no planejamento de cidades inteligentes. 

CIDADES INTELIGENTES E BLOCKCHAIN

A integração do cidadão como agente ativo na gestão de sua cidade são indispensáveis para o conceito de smart cities. Com isso, blockchain surge como ferramenta que permite uma melhor comunicação entre os governantes e os cidadãos, através de uma interação digital que facilita processos burocráticos, como ir no cartório, por exemplo. Além disso, a tecnologia permite que cidadãos tenham acesso ao destino dos recursos públicos, promovendo maior transparência no planejamento urbano.

Uma referência do uso de blockchain para a gestão pública é a cidade de Dubai, considerada uma das cidades mais inteligentes do mundo, que, a partir de uma parceria com a IBM e Consensys, desenvolveu uma plataforma que permite reduzir o custo do Estado com processos burocráticos. A tecnologia permite maior eficiência nas transações do governo, além da criação de um novo mercado tecnológico, sendo uma carta na manga para uma governança mais eficiente. 

No Brasil, a cidade de Teresina será a primeira cidade do mundo a utilizar blockchain para o planejamento do transporte público. A iniciativa foi desenvolvida pela Secretaria Municipal de Planejamento (Semplan) e Coordenação da Prefeitura de Teresina e pela Agenda 2030, em parceria com a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito e a Organização dos Estados Americanos (OEA). 

A estratégia, denominada “Observatório da Mobilidade: blockchain para a co-gestão do transporte público”, foi selecionado pelo Fundo Europeu para o Clima e receberá o investimento de 300 mil euros. O objetivo é aumentar a transparência, permitindo o acesso dos cidadãos aos registros de relatórios de viagens, pedidos, transações etc- sendo que esses dados são armazenados de maneira permanente na plataforma, impossibilitando alterações sem que essas sejam rastreadas. 

Na série feita pelo Connected Smart Cities sobre tecnologia, temas como Big Data, IoT e Blockchain se mostraram essenciais para a construção de cidades mais inteligentes e conectadas. A necessidade de proporcionar uma gestão transparente, a partir de tecnologias que aproximam o governo do cidadão, nunca foi tão latente. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, existe também a criação de novos mercados, centros de pesquisa e mudanças no planejamento urbano. Acompanhe nossas redes sociais para saber mais. 

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