Cada vez mais, com a modernização de recursos tecnológicos, é essencial que cidades se apropriem e utilizem a Internet das Coisas para melhorar o planejamento urbano
Internet of Things, ou IoT, é a capacidade que objetos possuem de interagir entre eles por meio da geração de dados. Com a modernização de recursos tecnológicos, essa interação não está apenas restrita a computadores e smartphones: cada vez mais, utensílios utilizados no dia a dia dos cidadãos, como geladeiras, carros e até suas residências, podem gerar dados a partir de sua utilização.
Com essa constante modernização, a IoT é responsável por conectar diversos dispositivos e seus respectivos sistemas a partir de sensores e a Big Data é o que permite analisar esses dados e dar sentido para a imensa quantidade de informação gerada a cada instante. Ou seja, a Internet das Coisas é essencial para o uso de objetos que possuem capacidade de gerar dados, sendo que essa tecnologia pode ser dividida em três categorias essenciais: os objetos em si, as redes que permitem a comunicação entre esses (wi-fi, 4G e Bluetooth) e os sistemas que permitem o armazenamento desses dados, análise e utilização- sendo esse último, a definição de Big Data.
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PLANEJAMENTO URBANO E BIG DATA
A aplicação desses recursos em cidades facilitam o planejamento urbano e resultam em uma diminuição de custos e aumento na eficiência dos serviços. A cidade de São Paulo, por exemplo, possui sensores instalados em postes que indicam o momento em que as lixeiras precisam ser esvaziadas pela prefeitura e algumas obras de canos subterrâneos passaram a instalar dispositivos que funcionam como uma espécie de microfone para indicar caso exista algum vazamento. Já a cidade de Búzios, no Estado do Rio de Janeiro, possui projetos que utilizam a IoT para a criação de prédios com rede elétrica inteligente visando uma maior sustentabilidade.
Dentro desse contexto, a cidade ‘exemplo’ no que diz respeito à governança digital é Seattle, nos Estados Unidos, que, considerada um modelo de cidade inteligente e conectada, utiliza um portal com dados abertos dos gastos públicos e também aposta em um portal que permite que os cidadãos se relacionem diretamente com a prefeitura.
Por ser um conceito tão amplo, o que não faltam são exemplos no Brasil e no mundo. Dentro de inúmeras aplicações, tornar-se uma cidade inteligente ficou mais fácil com a constante geração de dados que podem ajudar na gestão de políticas públicas: projetos passam a ser mais práticos e viáveis financeiramente e, principalmente, a população passa a ser um agente ativo e essencial na construção de novas políticas.
Com a popularização de mídias sociais, fica cada vez mais evidente também que os cidadãos possuem e desejam auxiliar na identificação de problemas que permeiam seu entorno. As pessoas estão cada vez mais se mobilizando para criarem soluções inovadoras para suas comunidades e estão tomando uma posição ativa na gestão de suas cidades: o desenvolvimento desse engajamento só se tornou possível com o IoT, que possibilitou o diálogo entre as pessoas e a gestão pública.
Neste sentido, o Estado não só deve pensar em maneiras de utilizar esses dados para facilitar o planejamento urbano, como também deve empoderar seus cidadãos através dessas tecnologias. Ao utilizar esses dados de maneira correta, é possível proporcionar maior transparência na gestão de recursos públicos e assegurar os direitos democráticos dos cidadãos.
Além disso, ao incentivar o uso dessas tecnologias na esfera pública, a abertura desses dados não só promove transparência, como é um elemento chave para o desenvolvimento de pesquisas tecnológicas, sendo o acesso a esses dados essencial para estudos que tem como objetivo o desenvolvimento das cidades. O resultado disso é um impulsionamento de empresas de tecnologia e inovação, expansão do mercado e a diminuição da necessidade do governo de fazer altos investimentos.
O Connected Smart Cities vai realizar uma série de matérias, vídeos e podcasts que tem como objetivo entender o papel que essas novas tecnologias exercem para a construção de cidades inteligentes. Acompanhe nossas redes sociais.