Entre os temas destacados no mais importante evento de cidades inteligentes do país, o CSC 19 traz a Agenda Estratégica de Saneamento Básico, por meio da parceria com a Fundação Ezute e Itron. Alternativas de financiamento, Tecnologias e Universalização do saneamento básico no Brasil, por exemplo, estão na pauta.
De acordo com estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) de 2018, para universalizar o acesso ao saneamento básico até 2033, conforme o Plano Nacional de Saneamento Básico (PNSB), o Brasil tem que investir anualmente pelo menos R$22 bilhões. No entanto, a média investida é de R$13 bilhões. Os dados de 2017 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), apontam que apenas 83,5% da população do país tem abastecimento de água potável e 52,4% tem coleta de esgoto, onde somente 73,7% é tratado. Quando analisado as regiões, o estudo indica que o Sudeste, Sul e Centro-Oeste apresentam os melhores indicadores. Já o Norte e Nordeste estão com desempenho abaixo da média nacional.
Já a edição 2019 do Ranking (referente a 2017) da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), aponta que, dos 1.868 municípios avaliados no estudo, 85 cumprem requisitos de saneamento básico. O Ranking avalia os serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, coleta e destinação adequada de resíduos sólidos. Os municípios participantes do levantamento são os que possuem os dados necessários para serem ranqueados. Os demais 3,7 mil municípios brasileiros sequer possuem essas informações.
Entendendo a importância do tema e a relevância para o desenvolvimento das cidades brasileiras, assim como o impacto que a falta do saneamento básico causa na qualidade de vida das pessoas e onera o sistema de saúde, que o Connected Smart Cities traz uma Agenda Estratégica sobre o assunto, dentro do tema Urbanismo Sustentável, por meio da parceria com a Itron e a Fundação Ezute. “O Eixo Temático saneamento básico é fundamental e urgente no Brasil. É preciso avançar nas políticas públicas nesse sentido, pois é inadmissível que pessoas possam viver sem acesso às condições mínimas e necessárias para o seu desenvolvimento com qualidade de vida. A edição 2019 do Connected Smart Cities vai debater, com os diversos atores, os variados aspectos que envolvem as questões sobre essa temática, como Alternativas de financiamento, Universalização, e Tecnologias para o saneamento básico no Brasil”, enfatiza a idealizadora do Connected Smart Cities e diretora executiva da Sator, Paula Faria.