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QUAL É O MODELO DE GESTÃO DE UMA CIDADE INTELIGENTE?

Sergio Jacobsen
Sergio Jacobsen
Vice-presidente de Smart Infrastructure da Siemens, abrangendo as áreas de soluções e produtos de média e baixa tensão, produtos de controle para automação industrial, automação predial, geração e armazenamento de energia distribuída e soluções para eletro mobilidade.

Parcerias entre o setor privado, órgãos governamentais e a sociedade civil podem trazer muitos benefícios

Uma cidade inteligente é aquela que resolve seus problemas mais sensíveis. E quando pensamos no futuro, logo imaginamos carros e ônibus elétricos, drones, biometria facial e outras tendências que encantam a nossa imaginação. Mas se pensarmos nos dias de hoje, em cidades de médio e grande porte, nos deparamos com a vida como ela é e ali encontramos a poluição, a falta de saneamento básico, o transporte público com fumaça. 

E o que é preciso para que as cidades resolvam seus problemas de forma inteligente, hoje passa principalmente pela parceria entre gestores e empresas. É preciso que tomem decisões estratégicas sobre a transição para mobilidade elétrica, a busca da eficiência energética e o uso de energias renováveis. 



E aqui logo pensamos em intangibilidade, mas é possível sim encontrar exemplos positivos. Uma dessas amostras: em 2018, a Siemens se uniu à Prefeitura de Jundiaí (onde temos nosso Centro de Inovação em IoE – Internet of Energy) em um esforço para identificar as melhores tecnologias a serem aplicadas nos setores de edificação, energia e transportes, avaliando a redução das emissões de gases de efeito estufa (GHG) e outros poluentes para que a população urbana dispusesse de melhor qualidade de vida e de ar. 

Neste estudo, desenhamos cenários para o futuro (2050) quantificando as estatísticas conforme iam aumentando a penetração de tecnologias sustentáveis. Aqui a mobilidade tem grande impacto, pois o transporte era responsável por mais da metade dessas emissões. 

A coleta de informações deu origem à situação de partida (baseline) que, neste estudo, considerou 2018 como ano de referência, assim como permitiu a criação do cenário business-as-usual (BAU), no qual estimou-se, com base na projeção de crescimento de 6% da população até 2050, a elevação da demanda de transporte, da área construída total e do consumo de energia de edifícios, desconsiderando a mudança na matriz energética ou o modelo de transportes. 

O caso base (BAU) leva em consideração que nenhum transporte elétrico será introduzido e apenas contaríamos com as evoluções incrementais nos motores atuais. Projetamos ainda três horizontes considerando adição de 6% a 100% de carros elétricos até 2050.

No cenário em que não temos nenhum veículo elétrico contamos com uma redução total de CO² de apenas 8,4%; já com 100% da frota eletrificada, a redução chega a 21,9%. 

Diante de estatísticas animadoras, é necessário dizer que a articulação entre os órgãos governamentais, o setor privado e a sociedade civil pode trazer muitos benefícios. Embora uma Prefeitura não tenha ação direta nas políticas e estratégias energéticas do país, essas decisões acabam por impactar o dia a dia dos cidadãos e a discussão sobre estes temas se faz cada vez mais urgente para atingir as metas ambientais.

As ideias e opiniões expressas no artigo são de exclusiva responsabilidade do autor, não refletindo, necessariamente, as opiniões do Connected Smart Cities 

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